Magical Pieces (6)
Olá lindas!
Hoje venho falar-vos dum livro muito antigo que li, quando tinha 18 anos e que me marcou até aos dias de hoje, pela sua simplicidade, pela sua história de amor, pelo poder de narração da autora, pelo humor e principalmente pela altura da minha vida em que o li, ou seja, em plena adolescência!
Um romance policial situado no Baixo Alentejo em período posterior à reforma agrária. As investigações de um jornalista e do seu repórter fotográfico sobre a morte de um mecânico alemão da Base Aérea da NATO, em Beja, de Clara Pinto Correia.
Numa madrugada de agosto, o mecânico alemão Helmut Schneider, em serviço na Base Aérea da NATO, na zona da Beja em Portugal, foi encontrado morto numa estrada deserta. Maria Vitória Joaquim Formosinho Rosado, a Mitó, é a assassina confessa do rapaz, apesar das autoridades sustentarem a versão de que ele foi morto por contrabandistas. Menina frágil e insegura, considerava-o o amor de sua vida, o homem por quem tudo arriscava, mesmo diante do desprezo que lhe era dispensado.
O ingênuo jornalista estagiário Joaquim Peixoto e o bem-humorado e mulherengo fotógrafo Sebastião Curto, da revista Atualidades, de Lisboa, são enviados à província para investigar os pormenores do crime mal contado e as motivações da adolescente.
A partir desse assassinato, Clara Pinto Correia constrói uma bela história sobre o Alentejo rural. O crime é o fio condutor do romance, que descreve a situação em que vive essa região de Portugal. Os personagens são figuras típicas alentejanas, envolvidas nos conflitos políticos, económicos e sociais, como o pai de Mitó, Bernardo Formosinho Rosado, dirigente do Centro de Trabalho de Baleizão e filiado ao Partido Comunista, a sensual Bárbara Emília Frutoso, meia-tia de Mitó, o chefe de Polícia, Mariano Larguinho, os donos dos bares, os parentes e amigos. Depositam nos visitantes lisboetas a esperança de ver os problemas da província estampados nas páginas da revista. E talvez solucionados.
A revelação do verdadeiro assassino é o que menos importa diante da delinquência juvenil, das drogas, da ausência de perspectivas no futuro, do desemprego, do malogro da reforma agrária, do contrabando, da xenofobia contra os alemães e da monotonia do quotidiano presentes no Alentejo, tão bem retratados pela autora.
Adeus, Princesa. Não sei bem em que ano foi editado, penso que em 1985, eu tenho comigo a edição de 1988, que está impecávelmente cuidada e guardada religiosamente ainda com a dedicatória do L.T., o meu namorado da altura...
Gostava de deixar-vos alguns excertos, mas isso iria tornar o post muito longo, pelo que aconselho a lê-lo na integra, se ainda o conseguirem encontrar!
Um grande beijinho com muito carinho por todas vós e até ao próximo magical!
8 Comentários:
A Clara P.Correia é muito facetada.
Bióloga, investigadora e escritora. Apesar de uma dose de loucura que vejo nela, penso que ela, mesmo assim, consegue desempenhar bem, essas duas actividades, tão diferentes. Manteve sempre aquele ar de hippie inconformável que lhe dá uma característica única.
beijinhos
boa semana
Olá querida, não conheço o livro e acho que nem nunca li nada dela.
Adorei o teu poema, está cheio de amor.
Beijinhos
Gosto muito de ouvir, mas como escritora nunca li nada dela. Fiquei curiosa.
;)
Olá minha querida Bolota, só agora é que li o teu email, por favor, envia me a tua password + login, que eu logo á noite, vou tentar colocar tudo direitinho, naõ te preocupes
mil jinhos
Adoro ler, mas confesso que não conheço este livro.
Vou acrescentar à minha lista de leituras futuras!
Obrigada pela partilha*
Olá querida Bolota!
Nunca tinha ouvido falar do livro mas deixaste-me muito curiosa. :)
Beijinho grande!
Bom dia miga, o livro parece ser interessante, pois gosto bastante das paisagens alentejanas.
beijokas :)
olá!
Não li o livro...
Mas passa-se no Alenteju... deve ser bonito! eu a puxar o rabo á minha sardinha,ehehehe
Gostei das discrição!!!
Bjinhu
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